À rasca

A manifestação de sábado foi importante, mas não chega. Deu para perceber que as pessoas estão atentas e insatisfeitas, mas na prática o trabalho está ainda todo por fazer.

Toda a gente aponta armas ao Sócrates e ao seu governo. É natural, é ele que lá está agora, é ele que leva com as bocas. Agora, dêmos dois passos atrás e olhemos com alguma frieza para o que nos trouxe aqui e não sei se Sócrates será mais culpado do que aqueles que o antecederam (sinceramente não me parece que seja). Quero com isto dizer que, de todas as soluções políticas que temos, nenhuma é minimamente competente para resolver o problema. Nenhuma mesmo.

Ouvi alguns manifestantes dizerem que os políticos a partir de agora terão que ser mais sensíveis aos problemas dos portugueses. Meus amigos… os políticos que lá estão, estão estragados, não servem (e das “jotas” também só saem fezes). Só o aparecimento de novos movimentos e partidos políticos, mais ligado à realidade e aos problemas, pode inverter o caminho descendente em que estamos.

É esse o trabalho que há a fazer, criar soluções, ir para lá e resolver o problema. Simples mas nada fácil.