Está em ponderação a não realização da Queima das Fitas deste ano. Admito que a Queima das Fitas é, provavelmente, a minha altura do ano de eleição. Para quem não frequenta os festivais de verão a Queima (e a Latada também) é uma oportunidade quase única para ver grandes concertos. Os concertos de algumas bandas estrangeiras, Guano Apes, Young Gods, e também portuguesas, Xutos & Pontapés com 50 mil pessoas a assistir foi memorável, já para não falar de Mão Morta, Zen e Wray Gunn, Bunnyranch, entre outros que a lista é interminável. São estas as memórias que tenho da Queima pelo menos enquanto não for quartanista grelado.
Mas não é isso que está em questão. Nem sequer se trata apenas do cancelamento da Queima das Fitas. Em cima da mesa está a declaração de luto académico. É uma decisão importante e não pode ser tomada de ânimo leve. Para se ver a importância da situação, é a primeira vez depois do 25 de Abril que se pondera esta situação.
As consequências desta decisão são muitas e até 16 de Dezembro, data em que vai ser tomada uma decisão em Assembleia Magna, muita consideração vai ter que ser feita. É sem dúvida uma tomada de grande força pela Academia de Coimbra mas as consequências têm que ser muito bem estudadas para verificar se realmente valerá a pena. Eu próprio neste momento não estou em condições de emitir uma opinião válida acerca do assunto.